Por Venancio de Oliveira.
Governo quer cortar imposto e privatizar e o caos econômico e político estrangulam a vida do brasileiro e brasileira. O governo de Bolsonaro-Guedes-Acionistas de Petrobrás continuam a não entender a economia de seu país. Pois, de um lado, Guedes entende de enriquecer os especuladores e a si mesmo e, do outro lado, Bolsonaro segue na sombria estupidez, andar de jet-ski e espalhar fake news. É um governo dos ricos e dos incompetentes. E parte da base envergonhada desse governo, o MBL, que já fez tanto mal ao país, apresentou um projeto de cobrança de mensalidade das universidades públicas. Que logo foi retirado devido a pressão pública. Pois é, eles vêm a com a ladainha de sempre: “Menos impostos!”. “Vamos vender a Petrobrás, pois ela é um estorvo!”. “Vamos desmatar a Amazônia e entregar para os grileiros ou para algum colono como Elon Musk!”.
Depois da crise de 2015, essa ideologia da desigualdade que fala em privatizar tudo, que significa transferir recursos públicos nas mãos de monopólios privados, que especulam e enriquecem à custa de preços altos, ganhou certa popularidade. São esses grupelhos que espalharam desinformação na sociedade brasileira e tentaram popularizar versões rebaixadíssimas da ciência econômica de ideologia liberal. No entanto, o que estamos vendo depois de reformas radicais nesse sentido, de retirada de direitos, de precarização de serviços públicos, como aqui na UEL, de diminuição dos salários dos servidores e de retirada dos investimentos públicos? Desemprego, pobreza e encarecimento do custo de vida.
O problema não está na produção e na demanda, está no mercado e nos interesses desse mercado. A carne é exportada e os monopólios que controlam o processo de industrialização da carne, incrementam o preço. O feijão tem custos altos por causa do agrotóxico. E o arroz tem demanda insuficiente e chega caro na mesa do consumidor, por causa do preço do transporte! De fato, temos uma carga tributária injusta, os pobres pagam mais que os ricos. Não é o que os liberais alegam, os ricos e a FIESP, de que os capitalistas brasileiros pagam muito imposto. Inclusive, eles não pagam impostos e sonegam e quem pagam muito imposto, proporcionalmente é o pobre. Porém, no caso da inflação dos preços da gasolina, diesel e, os impostos não são os vilões, como alegam a milícia digital bolsonarista. Primeiro, é matemática básica, os impostos não aumentaram no período, como eles podem estar impactando o incremento dos preços dos combustíveis? O que variou nesse período foram os dividendos dos acionistas por causa do aumento do preço do produtor. E, para conter esse aumento só acabando com a política de preços da Petrobrás e com a política de distribuição de dividendos, diminuindo o lucro da Petrobrás.
Não se enganem, eles vendem o que é nosso e isso torna a vida mais insuportável, não é de mais mercado que precisamos, o que precisamos é de serviços públicos de qualidade e universalizá-los, de políticas públicas que valorizem o servidor, de políticas que defendam a soberania dos nossos recursos naturais contra ambição dos acionistas da Petrobrás. Como mostram as pesquisas eleitorais, o povo brasileiro está escolhendo o caminho do fortalecimento dos serviços públicos e sua universalização e não ao contrário. No entanto, é fundamental, resistir às famigeradas pressões do mercado financeiro, que tem poder, mas não tem voto.