Assim como o que já havia sido adiantado pelo próprio município, a empreiteira não vai conseguir finalizar o serviço dentro do atual cronograma, que termina em 26 de dezembro. Secretário de Obras reconhece atraso, mas garante que pelo menos a parte de cima da trincheira será liberada ainda este ano
A TCE Engenharia, empreiteira responsável pelas obras da trincheira das avenidas Leste-Oeste e Rio Branco, em Londrina, deve apresentar, nos próximos dias, um pedido de um novo aditivo de prazo à prefeitura. Conforme o que foi apurado pela CBN, a terceirizada deve alegar, para justificar a solicitação, a descoberta das chamadas pedras-bola durante a escavação do túnel e os atrasos frequentes causados pela chuvarada que vem atingindo Londrina já há algumas semanas. Entretanto, ainda não é possível dizer quanto tempo a mais a empresa vai solicitar para terminar os trabalhos, que, pelo cronograma atual, deveriam ser concluídos até 26 de dezembro. Ou seja, ainda este ano.
Em entrevista coletiva nesta terça-feira (28), o secretário municipal de Obras, João Verçosa, reconheceu os atrasos, mas garantiu que o novo aditivo ainda não foi solicitado pela empresa. Apesar disso, ele destacou que não há possibilidade de o município romper o contrato com a terceirizada por conta de todos os problemas registrados desde o início dos trabalhos. O secretário lembrou que 80% dos serviços já foram feitos, e que, de um jeito ou de outro, a empreiteira vai ter que concluir a obra.
O prazo com o qual a prefeitura trabalha para a conclusão da trincheira é o primeiro trimestre de 2024. Ele já tinha sido adiantado à CBN na última semana pelo secretário municipal de Planejamento, Marcelo Canhada. E, assim como Canhada, Verçosa disse que a prefeitura vai cobrar a empresa para que pelo menos a parte de cima da estrutura, com passagem pela Rio Branco, seja liberada para o vai e vem de veículos ainda este ano.
O secretário de Obras também comentou a última paralisação realizada pelos operários da obra na segunda-feira (27) em solidariedade a um colega que tinha sido dispensado sem o pagamento do FGTS e da rescisão contratual. Ele disse que ainda na segunda as equipes voltaram aos trabalhos, reconheceu que os protestos são muitos e garantiu que a prefeitura tem acompanhado as negociações entre os funcionários e a empreiteira para evitar o registro de novos contratempos.
Fonte: CBN Londrina