Na última quinta-feira, 13, o Coletivo Popular Vista Bela em Movimento promoveu uma roda de conversa com o tema “Anticapacitismo e Mobilidade Urbana: Lutando pelos Direitos das Pessoas com Deficiência”. Realizado no Espaço Bota Fé, zona Norte de Londrina, o evento reuniu moradores, ativistas e lideranças políticas para discutir as frequentes reclamações sobre os serviços de mobilidade urbana e os preconceitos enfrentados por pessoas com deficiência no Residencial Vista Bela.
A discussão levou à proposta de uma nota de repúdio, cobrando do poder público adequações imediatas. O documento, que será assinado por movimentos sociais, servirá como base para uma audiência pública para discutir o tema junto à Prefeitura de Londrina e pessoas com deficiência.
Beatriz Silva, socióloga e servidora da Prefeitura de Londrina, destacou a importância do encontro. “Foi fundamental para somar forças e pensar novas estratégias para pressionar o Estado a olhar por nós”, diz.
A socióloga mencionou o caso onde um motorista de ônibus sugeriu a um morador com cadeira de rodas motorizada que ele não precisava do transporte público, pois “não cansa mesmo”, complementa.
A vereadora presente no evento, Lu Oliveira (Republicanos), também se comprometeu a trazer representantes da Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU) de Londrina e da Secretaria de Planejamento da prefeitura para a audiência.
“Identificamos que a violação de direitos não é exclusiva do Vista Bela. Existem pessoas em todos os bairros de Londrina sofrendo as mesmas violações. É preciso que haja uma intervenção para que o direito das pessoas com deficiência seja respeitado e que elas sejam tratadas com dignidade e respeito, conforme a lei”, pontua Liana Lopes Bassi, coordenadora do Conselho Regional de Serviço Social do Paraná (CRESS-PR).
O debate também discutiu a importância de tornar esses encontros recorrentes, acompanhando os desdobramentos das reivindicações e ampliando o escopo para outras questões relativas aos direitos sociais da população. Através da comunicação popular e comunitária, o objetivo é construir estratégias coletivas de politização dos trabalhadores, fortalecendo seu conhecimento sobre os direitos muitas vezes violados pelo Estado.
A próxima reunião está prevista para julho, com a data a ser definida.
**Matéria da estagiária Joyce Keli dos Santos sob supervisão.