Evento é aberto ao público e busca discutir desafios e adaptações de estudantes estrangeiros
Nesta quinta-feira (8), na sala 447 do CESA (Centro de Estudos Sociais Aplicado) da UEL (Universidade Estadual de Londrina), ocorre o encontro “A vivência migrante na UEL”. O evento, aberto ao público, é organizado pelos projetos SerSaúde (Serviço Social e Saúde: Formação e Exercício Profissional) e Práxis Itinerante, e inicia-se a partir das 16h.
Proposta e organização do evento
Líria Bettiol, professora de Serviço Social na UEL e uma das organizadoras, explica que a proposta é discutir a condição de ser migrante, um processo que envolve a integração em um novo país, com todas as suas diferenças culturais, incluindo a linguística.
“Sabemos que a migração é sempre permeada por muitos desafios e requer que os locais de recepção estejam atentos para apoiar e garantir condições para que essa integração ocorra na perspectiva multicultural e dos direitos humanos”, destaca.
O evento é uma iniciativa conjunta dos projetos de pesquisa SerSaúde e Práxis Itinerante, que decidiram apoiar a Associação de Estudantes Internacionais da UEL (AEI-UEL) devido à importância do tema das migrações na região. “O fato de os estudantes internacionais se organizarem como associação é muito importante porque demonstra uma forma de organização política e busca por participação ativa no contexto universitário”, complementa a docente.
Público-alvo e dinâmica do encontro
O evento é aberto a toda a comunidade universitária e à sociedade em geral, interessados em conhecer mais sobre a Associação e as migrações na região. O encontro contará com certificação de participação. A inscrição é gratuita e pode ser feita por aqui.
A programação inclui a apresentação da AEI, seus objetivos e propostas, seguida de um momento de diálogo com os migrantes, além de interação a respeito do processo migratório e as suas adaptações.
Expectativas e importância do evento
Bettiol compartilha que a expectativa é uma participação significativa da comunidade universitária no evento. “Há muitos mitos em torno das migrações e uma certa homogeneização do debate, que por vezes desconsidera as particularidades dos fluxos migratórios, das condições e das trajetórias migrantes”, aponta.
Ela acredita que a interação com diferentes culturas e saberes contribuirá para a formação acadêmica e pessoal dos participantes.
Desafios dos estudantes migrantes na UEL
De acordo com o relatório “UEL em Dados/2023“, a instituição conta com 86 estudantes internacionais em cursos de graduação e 61 em programas de pós-graduação. Esses estudantes enfrentam desafios significativos relacionados à permanência estudantil e integração social, que vão desde o acesso aos direitos de cidadania até situações de discriminação.
Matéria do estagiário Jader Vinicius Cruz sob supervisão.