Servidores da UEL (Universidade Estadual de Londrina) cruzaram o braços nesta quarta-feira (15) em protesto contra o governo do estado que se recusa em pagar a reposição salarial da categoria. Os manifestantes permaneceram em frente das principais cancelas do campus e Hospital Universitário (HU) para entregar panfletos e conscientizar os trabalhadores sobre a gravidade da situação.
“Os servidores estão sem reposição há sete anos e as perdas acumuladas neste período chegam a 42%. Para se ter uma ideia é como trabalhar por 40h e receber por apenas 23h. Ou se fossem pagos por apenas sete meses durante o ano. Estamos falando de um dos piores arrochos salariais da história do funcionalismo público do Paraná”, informou o presidente da Assuel, Marcelo Seabra.
Segundo ele, diante da gravidade da situação, grande parte dos servidores aderiram à manifestação. “Avaliamos o protesto muito positivo, pois a maioria dos setores permaneceram fechados, apenas os serviços de emergência mantiveram suas atividades”, informou o sindicalista, se referindo ao Pronto Socorro do HU, Hospital das Clínicas e Hospital Veterinário.
Além da UEL, a Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), Universidade Estadual de Maringá (UEM) , Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro) e a Universidade Estadual do Paraná (Unespar) também paralisaram as atividades. O protesto é fruto de reunião dos diretores dos sindicatos de técnicos e docentes das universidades públicas do estado.
A manifestação foi organizada em parceria com o Sindicato dos Professores da UEL (Sindiprol-Aduel). No meio do dia foi realizada uma grande reunião com a presença de técnicos e docentes, na qual foram apresentados os dados que mostram que o governo tem sim recursos para pagar a data-base da categoria.
“A manifestação foi um sucesso. Vamos continuar na luta para garantir a reposição salarial realizando novos protestos com o objetivo de pressionar o governo para que abra as negociações. Se eles continuarem com esta postura não descartamos a possibilidade de uma greve unificada do funcionalismo público”, disse o presidente do Sindiprol – Aduel, Ronaldo Gaspar.
Na próxima semana, os dirigentes sindicais das universidades estaduais irão se com suas categorias para definir os próximos passos da luta pela reposição salarial.
Fonte – Elsa Caldeira – Portal Verdade
Fotos – Guilherme Bernardi