Ex-diretora da ANP foi indicada pelo governo federal para substituir Jean Paul Prates no comando da maior estatal brasileira
O conselho de administração da Petrobras se reuniu nesta quarta-feira (15) e aprovou a saída de Jean Paul Prates do comando da companhia e do próprio colegiado.
O agora ex-presidente havia sido demitido na véspera pelo governo federal.
Para o seu lugar, o Ministério de Minas e Energia, que oficialmente tem a premissa de indicar o presidente da Petrobras, anunciou o nome de Magda Chambriard, ex-diretora da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
Além do comando da maior estatal brasileira, o nome apontado pelo Executivo também é indicado para fazer parte do conselho de administração da empresa e da diretoria executiva.
O conselho deve ter números mínimo de sete e máximo de 11 membros, indicados pelo acionista majoritário, ou seja, a União, acionistas minoritários e funcionários da estatal.
O cargo de presidente e outros membros da direção executiva da Petrobras tem mandato de até dois anos, permitidas, no máximo, três reeleições consecutivas.
A efetivação no cargo, porém, ainda depende de uma série de trâmites burocráticos, como análises para potenciais conflitos de interesse e o preparo do indicado para assumir o comando da maior estatal do país.
Em seu estatuto, porém, a Petrobras destaca que “requisitos legais e de integridade” deverão ser analisados pelo Comitê de Pessoas em até oito dias úteis a partir da entrega das informações do candidato, podendo ser prorrogado pelo mesmo prazo.
“Caso haja motivo objetivamente comprovado, o prazo de análise poderá ser suspenso, por ato formal do Comitê”.
Segundo a companhia, o processo, geralmente, leva até 15 dias.
Posteriormente, o nome indicado precisa ser chancelado pelo próprio conselho de administração e referendado pela assembleia dos acionistas para então tomar posse na cadeira de presidente.
“Uma vez nomeada, a indicada servirá no Conselho até a primeira Assembleia Geral que vier a ocorrer – neste momento, sem previsão de Assembleia antes disso, até a
Assembleia Geral Ordinária de 2025”, informou a companhia em nota.
Não há prazo definido para a nomeação e posse do cargo.
No caso de Prates, por exemplo, o processo de nomeação formal pelo Ministério de Minas e Energia e aprovação do conselho de administração levou duas semanas.
O intervalo foi semelhante ao seu antecessor, Caio Mario Paes de Andrade, o último presidente da Petrobras do governo de Jair Bolsonaro (PL), que foi indicado em 9 de junho de 2022 e aprovado pelo colegiado da estatal no dia 27 do mesmo mês.
Enquanto o nome de Magda não é aprovado, a Petrobras anunciou a presidência interina de Clarice Coppetti, diretora executiva de Assuntos Corporativos.
Fonte: CNN Brasil