A Secretaria de Educação do Paraná (Seed) e a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) querem ampliar as taxas de vacinação nas escolas paranaenses, como parte da força-tarefa estadual de aumentar a cobertura em todos os públicos.
O trabalho se dará por meio da aplicação dos imunizantes previstos no Calendário Nacional de Imunização diretamente nos colégios estaduais a partir de 5 de agosto. Os secretários Educação, Roni Miranda, da Saúde, César Neves, vão apresentar os detalhes da medida nesta sexta-feira.
Segundo o Painel do LocalizaSuS, o Paraná registrou, até julho deste ano, 86.54% de cobertura vacinal da Pentavalente, 82,77% para o 1º reforço com a vacina DTP, 81,99% da Pneumocócica 10 Valente, 83,59% da Pneumocócica 10 reforço, 86,06% da Vacina Inativada Poliomielite (VIP) e 83,15% da Vacina Oral de Poliomielite (VOP). Para todas essas vacinas a meta de cobertura é de 95%.
“Temos observado, sobretudo a partir de 2015, uma queda nos gráficos de cobertura vacinal. As fake news, campanhas de descrédito, tudo culminou num cenário que busca deslegitimar as vacinas e é nosso papel assegurar aos paranaenses: os imunizantes são seguros, passam por um crivo rigoroso até que sejam disponibilizados e cheguem nos braços dos paranaenses”, complementou o secretário de Saúde.
Neves ressaltou que a campanha em parceria com a Secretaria de Estado da Educação para viabilizar pontos de imunização em colégios estaduais. “A partir desse grande conjunto de esforços surgiu uma união entre as pastas para facilitar o acesso à vacinação. Tudo de forma muito tranquila, onde não existe pressão ou obrigatoriedade, mas convencimento”, disse.
No Paraná são mais de 1.800 salas de vacina. A Saúde também recomenda horários estendidos aos municípios para ampliar ainda mais a póssibilidade de vacinação, inclusive para mutirçoes nos finais de semana.
Portaria da saúde: Hepatite B terá notificação compulsória para gestantes
O Ministério da Saúde deve publicar em breve portaria que institui a notificação compulsória de infecção por hepatite B em gestantes e de crianças expostas à doença. Ambos os eventos, segundo a pasta, serão incluídos na Lista Nacional de Notificação Compulsória de Doenças, Agravos e Eventos de Saúde Pública. Isso significa que profissionais de saúde de serviços público e privado deverão comunicar obrigatoriamente os casos ao governo federal.
Em nota, o ministério destacou que a notificação de hepatite B em gestantes não é feita a cada gestação, mas uma única vez, no momento do diagnóstico da doença. Os casos notificados no país, portanto, se referem a gestantes que obtiveram o diagnóstico durante a gestação. Em 2023, foram contabilizados 732 casos de hepatite B em gestantes no Brasil, o que leva a uma taxa de detecção de 0,3 caso por mil nascidos vivos.
Já em relação à transmissão vertical da hepatite B, que acontece da mãe para o bebê durante a gestação, ou no momento do parto, a pasta informou que observa um declínio da taxa de detecção em crianças menores de 5 anos ao longo dos últimos anos. Em 2022, foram registrados 0,6 caso e, em 2023, 0,4 por 100 mil crianças menores de 5 anos. Ao todo, 65 crianças foram diagnosticadas com hepatite B em 2023 no Brasil.
Ainda de acordo com o ministério, a hepatite B também foi incluída na certificação de eliminação da transmissão vertical de infecções e doenças no Brasil. Até então, a certificação incluía apenas HIV, sífilis e doença de Chagas.
Fonte: Bem Paraná