Ladrões entram no site do Tribunal de Justiça e usam os dados de má fé para roubar os trabalhadores; vítima transferiu R$ 4.900 para os golpistas
Assuel, Sindicato dos Técnicos-administrativos da UEL, está alertando a todos os servidores (as) para não caírem no chamado “golpe do escritório”. Na última semana, o presidente da entidade, Marcelo Seabra, foi procurado por um trabalhador que fez uma transferência de R$ 4.900,00 na conta de pessoas que se fazem passar por funcionários do escritório de advocacia que atende o sindicato há vários anos.
Segundo Seabra, o servidor foi até a Assuel dizendo que havia recebido várias mensagens informando que o sindicato havia ganho uma ação milionária e que ele precisaria fazer um depósito para pagar as taxas do processo. ” Nós o orientamos a ir ao banco para tentar evitar a transferência e em seguida fazer um boletim de ocorrência. Comunicamos aos advogados e publicamos um boletim para alertar a categoria”, disse o presidente da Assuel.
Ele informou, ainda que, as tentativas de golpes têm sido constantes contra a categoria.
O golpe
O assessor jurídico da Assuel, Mauricio Toledo, se diz preocupado com o golpe que vem sendo aperfeiçoado cada vez mais para convencer as vítimas. “De alguns meses pra cá começaram a usar o nosso escritório, a logomarca e os nomes dos advogados, inclusive com o número da OAB, e encaminham mensagens para o WhatsApp dos servidores dizendo que existe um crédito de precatório que está prestes para ser liberado e para que isso ocorra é preciso pagar algumas taxas”, explicou.
Segundo Toledo, o modus operandi dos bandidos costuma ser no sentido de enganar os servidores até convencê-los a fazer os depósitos numa conta indicada por eles. O advogado explicou que não existe cobrança antecipada de custas para receber créditos de precatórios. “Nossa orientação é que os trabalhadores fiquem atentos a este tipo de golpe. Nosso escritório não cobra nada antecipado, as custas devidas são feitas no momento do acerto e nunca ligamos para ninguém cobrando isso”, alertou.
O advogado disse ainda que os bandidos acessam dados públicos que estão disponíveis no site do Tribunal de Justiça e usam de má fé para roubar os trabalhadores. ” Pedimos para que as pessoas fiquem atentas e ao serem procuradas não façam transferência, nem depósitos, mas que liguem na Assuel ou no escritório para se informar e assim evitar o prejuizo”, disse.